segunda-feira, 2 de abril de 2012

Salários penhorados


Foi com tristeza, apreensão e indignação que ouvi, ontem, a notícia sobre os salários penhorados a cerca de 50 mil funcionários públicos.
Julgo que ninguém pode ficar indiferente.
Não será por acaso que muitos funcionários públicos têm necessidade de contraírem dívidas, que vão juntar a empréstimos contraídos anteriormente, o que se traduz num processo cumulativo que leva a situações de incumprimento.
Os funcionários públicos trabalham para o Estado, ou seja para o bem público e, contrariamente ao que é dito por alguns, são pessoas competentes e dedicadas. Muitos auferem um vencimento que fica aquém do justo valor, tendo em conta os serviços que prestam.
Outros receberão muito acima do que merecem, mas estes correspondem aos grupos privilegiados, dos quais destaco alguns políticos e gestores públicos, que despudoradamente, acumulam o vencimento com reformas e subvenções.
É aflitivo e revoltante as pessoas verem os rendimentos provenientes do trabalho, substancialmente reduzidos, ou melhor dizendo, roubados, o que as impossibilita de viverem com dignidade e pode conduzir ao desespero.
Não me venham dizer que se trata de pessoas que gastaram acima das suas posses e que têm que moderar o seu consumo.
Como funcionária pública, sei o que dói a injustiça resultante dos cortes salariais perpetrados pelo atual governo.
Amanhã, muitos mais poderão estar com o mesmo problema, o que é preocupante,  porque no horizonte não se vislumbra  uma solução. 


O Grito -  Edward Munch
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