terça-feira, 31 de julho de 2012

As palavras de Passos Coelho...



Alguns analistas consideram que em Portugal está a chegar ao poder a geração dos políticos profissionalizados, fundamentando o seu ponto de vista no facto de terem desempenhado funções nas juventudes partidárias, as chamadas "jotas", cujas carreiras assentam em cargos de nomeação política, sendo a experiência profissional escassa.
Ao observar a classe política que está a governar Portugal, sem grandes reflexões, constato que a falta de preparação e de conhecimentos é notória, o que tem  um impacto negativo nas ações desenvolvidas. O desempenho de tarefas diversas nos partidos políticos, a liderança assumida nessas organizações, o acesso rápido ao Parlamento na qualidade de deputados dá-lhes alguma formação, é certo, mas, contrariamente ao que muitos deles poderão pensar, o saber, o conhecimento da realidade nacional e internacional e um percurso baseado no trabalho são fundamentais. Nas organizações partidárias, a sede do poder, o tráfico de influências, os "lobbys" e a intriga política transforma-os em políticos sem carisma em que a mediocridade sobressai.
Passos Coelho, recentemente, usou expressões cujo conteúdo é grosseiro e revelou não ter sabido estar à altura do cargo que desempenha. No Parlamento, no debate sobre o Estado da Nação,  em resposta à intervenção do deputado Francisco Louçã sobre os impostos que iriam ser agravados disse: "não estamos a pôr porcaria na ventoinha e a assustar os Portugueses". Posteriormente, durante um jantar do grupo parlamentar para assinalar o fim desta sessão legislativa, afirmou: " que se lixem as eleições, o que interessa é Portugal, ninguém foi eleito para ganhar as próximas eleições."
Políticos profissionais e sérios não podem demonstrar leviandade, nem na forma nem no conteúdo do seu discurso. Têm que ter, qualquer que seja a circunstância, respeito pelos Portugueses, não devem recorrer à falácia com o intuito de se tornarem populares e pretenderem dar a imagem de impolutos e desprendidos do poder, quando os terrenos que pisaram revelam o oposto. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012



Não me peçam paciência perante a incoerência.
Não me peçam complacência perante a incompetência.
A minha consciência exige-me coerência.
Os meus olhos não querem que finja o que vejo.
Os meus ouvidos negam ouvir a falsidade.
A minha boca nega o silêncio e leva-me a dizer a verdade.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Grito pela justiça e pela verdade


A força da razão faz-me "gritar".
Não pactuo com a falsidade mascarada de verdade.
Não pactuo com a prepotência disfarçada de benevolência.
Procuro não misturar a emoção com a razão.
Não devo ignorar o que me rodeia.
Não quero silenciar.
Grito contra a dissimulação.
Grito contra a hipocrisia.
Não calo a revolta e a indignação.
Grito pela justiça e pela verdade.
Grito pela liberdade.

sábado, 21 de julho de 2012


Hermano Saraiva, o homem, o historiador e o comunicador


"Continuará a haver luar, a serra de Sintra e o Tejo correrá para mar". 
Esta foi a resposta dada por Hermano Saraiva, ao ser questionado sobre o futuro numa entrevista feita para a televisão.
Frases ditas que me tocaram e que muito apreciei.
Independentemente da forma como se olha para o professor e historiador Hermano Saraiva, há algo que o identifica e faz com que seja considerado, sem qualquer dúvida, um homem que soube comunicar com alma a nossa História. A força e o entusiasmo que punha nas palavras não nos deixou indiferentes.
O futuro é uma incógnita, mas certamente, o professor José Hermano Saraiva fará parte da memória colectiva do país que lhe mereceu um olhar que partilhou connosco e nos deixará saudades.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Deixem-me ser como sou.




Não sei se por formação, ou deformação, gosto de compreender o que me é dito na sua verdadeira dimensão. Tornar inteligível o que parece rumar em sentido contrário faz parte da minha essência. 
Circunstâncias diversas orientam o meu olhar para o conteúdo do que me é dito numa busca incessante de encontrar as respostas que permitam uma interpretação clara e coerente.
O meu pensamento é confrontado com interrogações que resultam de uma mistura de espanto e de perplexidade.
Palavras pensadas, ditas, ou simplesmente "atiradas"?
Palavras que funcionam coma armas de arremesso ou de defesa?
Certezas não existem. Verdades absolutas, tão pouco. 
Dúvidas, muitas.
Conclusões, algumas.
Decisões, poucas, mas uma adquire grande nitidez e leva-me a dizer o seguinte:
a vontade e a determinação que me acompanham fazem com que caminhe na direcção que considero certa e contribui para a minha felicidade.
Respeito ideias e atitudes diferentes das minhas.
Quero ser o que sou e não pretendo enganar nem esmagar ninguém.
Deixem-me ser como sou.

sábado, 14 de julho de 2012

As trapalhadas de Miguel Relvas


Quando as convicções não correspondem a reflexões um conjunto de disparates pode surgir. O riso que provocam é o mal menor, dado que o pensamento que aflora, de imediato, nos leva a perguntar como é possível não ter a noção que uma atitude se impõe, a demissão.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Almoço de família



Um tronco comum criado por Isabel Caldeira e José Pinto de Almeida, nossos bisavós, deu origem  aos Pinto de Almeida, aos Caldeira Fradique e aos Boavida. 
No passado domingo, 2 de junho, na quinta da Líria a dois quilómetros de Castelo Branco a família reuniu-se.
Bisavós, avós, tios e primos não faltaram ao encontro. Os "ausentes" estiveram presentes nas nossas memórias e nos nossos corações. 
Encontros, reencontros, confraternização e celebração marcaram esta data. 
Momentos felizes foram vividos, palavras com significado foram ditas.
Fiquei a saber que o nosso bisavô escrevera ao rei uma carta manifestando a sua discordância pelo preço elevado da água, o que nos levou a pensar que na família há um traço comum que não se compadece com o cruzar de braços e faz com que ajamos em função do que consideramos injusto.
A nossa bisavó, mulher de fibra e determinada, foi recordada de uma forma especial por uma das suas netas para quem a sua presença foi fundamental.
Ficou a sensação que valeu a pena termos estado todos juntos. Podem passar meses e anos em que não nos vemos, mas basta encontrarmo-nos e parece que há sempre algo para dizer, que uma conversa foi interrompida e, de imediato, tudo recomeça.