domingo, 23 de junho de 2013

A ESCOLA É O REFLEXO DA SOCIEDADE






A ESCOLA É O REFLEXO DA SOCIEDADE

Miguel Sousa Tavares ao escrever um artigo sobre a greve dos professores deveria ter recolhido a informação necessária e, assim, teria evitado o risco de produzir afirmações que não correspondem à verdade. Os professores não recusaram a avaliação, os professores criticaram um modelo de avaliação perverso, que assentava em regras e procedimentos que conduziriam a arbitrariedades, o que aliás se veio a verificar. É lamentável fazer processos de intenção sobre uma classe profissional, acusando-a de irresponsável e de falta de capacidades para valorizar o esforço desenvolvido pelos alunos e reconhecer o seu mérito.
Os professores não se regozijaram com a greve, nem tão pouco têm falta de pudor, que ao contrário do autor do artigo, não teve pejo em faltar ao respeito a uma classe profissional, imprescindível em qualquer sociedade, que deve ser respeitada e dignificada. Os professores são pessoas que sabem pensar e não se deixam manipular nem pelos sindicatos, nem pelos comentadores/analistas, que de forma recorrente, demonstram alguma ignorância sobre as matérias que comentam e analisam, mas procuram dar a imagem que são possuidores da verdade absoluta.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Discurso do Presidente da República -10 de Junho


O discurso do Presidente da República gorou, mais uma vez,  as expectativas, poucas, dos Portugueses. Cavaco chamou a atenção para o facto de não ser um actor no teatro político e de não ter uma visão conflitual do exercício do cargo para que foi eleito. Toda a “narrativa” apresentada é estranha, vazia, a que não é alheio um sentimento de perplexidade e estupefacção.
O Chefe do Estado, que num passado recente, sublinhou a importância do exercício de uma magistratura de influência, fez algumas críticas e apontou alguns caminhos, posiciona-se, na actualidade, num patamar distinto como se vivesse à margem da realidade.
Ao afirmar que “a evolução da nossa agricultura constitui um bom exemplo para ultrapassarmos a tendência para o derrotismo e o pessimismo” demonstra que “apagou” da sua memória, mas não da nossa, o período em que a agricultura, juntamente com outros sectores de actividade económica, foram relegados e negligenciados,

Não será por acaso que a presença de Cavaco suscita um coro de protestos. Por um lado, pretende dar a imagem que está atento e vai intervir, mas por outro lado, distancia-se, não se compromete, não critica a acção do Governo e o seu contributo consubstancia-se no seu beneplácito.

domingo, 2 de junho de 2013

Este Governo não tem legitimidade?












A legitimidade do governo existe, não tenhamos dúvidas.
A separação dos poderes também é uma realidade. Todos o sabemos.
Imputar a um órgão, neste caso, ao Tribunal Constitucional, a responsabilidade de pôr em prática medidas que não obedecem a uma análise séria e credível, leva-nos a concluir que estamos perante uma intenção de cariz ideológico alicerçada na encenação e vitimização a que já estamos habituados.
Mário Soares procurou dar ânimo àqueles que sofrem com as políticas do Governo, mobilizá-los e mostrar-lhes que poderão existir vias alternativas. Vivemos num Estado democrático, em que a liberdade é um valor essencial e o exercício da cidadania deve ser visto como um direito e um dever. Vivemos numa sociedade que não aceita um pensamento único, mas que defende a pluralidade da expressão e da acção.
Uma avaliação deve ter em conta um percurso, no seu todo, não focalizando a análise em episódios isolados, que poderão evidenciar alguma incoerência, mas que deverão ser contextualizados, de forma a possibilitar clareza e objectividade.
Toda a moeda tem duas faces, não há apenas uma leitura, mas a crítica construtiva é sempre bem-vinda.

http://expresso.sapo.pt/este-governo-nao-tem-legitimidade=f811169#ixzz2UyOp6jHu