sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Espero que o TC não nos impeça de fazer tudo





"Temos enfrentado muitas dificuldades para baixar esta despesa [do Estado]. Mas quero garantir-vos que saberemos superar essas dificuldades. Não iremos pôr o País em risco por causa dessas dificuldades. Se as melhores soluções não puderem ser encontradas, encontraremos outras soluções que podem não ser tão melhores, mas que resolvam os problemas", disse hoje o primeiro-ministro na intervenção oficial na inauguração do Centro de Memória Forte S. João de Deus, em Bragança.


Como adjectivar as palavras proferidas por Sua Excelência, Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal? Cautelosas, ameaçadoras, ou apenas comoventes?
Repare-se no conteúdo. Por um lado, parece haver a percepção das dificuldades a enfrentar, mas por outo lado, a convicção de que se as melhores soluções não puderem ser adoptadas, outras, que poderão "não ser tão melhores", correrão o risco de se transfomarem na via a seguir.
Gosto, particularmente, da expressão, "não ser tão melhores", mas tenho alguma dificuldade em entender o que poderá estar em causa. A construção frásica é estranha.
Uma "ameaça" velada parece estar implícita, ou estarei enganada?
A reforma do Estado impõe-se, mas terá que corresponder a uma reestruturação efectiva do Estado, organizando-o de forma eficaz e eficiente. 
A redução das despesas do Estado tem que ser feita, não à custa dos que vêem o seu rendimento disponível descer de forma drástica, não sacrificando e maltratando os que trabalharam e descontaram e auferem reformas, cujo valor, nem sempre permite viver com dignidade, mas através da coragem que permitirá, por certo, ir à raiz do problema. 


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A justa causa de despedimento não está em causa






Interrogado se o novo regime de requalificação dos funcionários públicos pode ser considerado um "regime pouco justo", Santana Lopes admitiu que pode não ser "inteiramente justo".

Santana Lopes ao responder desta forma tem consciência plena que o regime de requalificação não é justo, as circunstâncias, porém, levam-no a dar esta resposta.
No fundo, sabe que o Estado continua a arcar com despesas para as quais não há justificação e, muito menos, compreensão. 
A maioria dos deputados, a que se junta o beneplácito do Presidente da República, não representa de forma digna os cidadãos e não está disposta a abdicar dos privilégios, por ela criados, que se traduzem na manutenção de situações que escandalizam os Portugueses de bem, e demonstram claramente a falta de justiça e de equidade.
Era importante que Santana Lopes falasse nos cortes das pensões "douradas", no fim das reformas obtidas com pouco tempo de trabalho, nas subvenções, no peso financeiro das autarquias, etc, etc...
O Estado precisa de pessoas que reconheçam os erros e tenham uma visão oposta àquela que tem marcado a governação, em que o espírito de missão seja a tónica.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013


Há sempre uma última vez.
Não sabemos, nem nos apercebemos.
Existe, faz parte da nossa vida.
Entristece-nos, magoa-nos e faz-nos chorar.
Em nós fica a saudade do que foi vivido e sentido.