domingo, 24 de fevereiro de 2013

Vítor Gaspar de desvio em desvio




É demasiado triste e preocupante para que nos possamos rir, mas uma coisa é certa: o ministro Vítor Gaspar erra de forma sistemática as previsões que faz. A expressão é sempre a mesma, como se fosse normal e aceitável as previsões estimadas saírem goradas.
Os Portugueses estão fartos. O discurso assenta no pressuposto que nos pretendem impingir, não há alternativa. O pensamento único é incompatível com a democracia, é possível seguir outros caminhos, que não tenham como objectivo a asfixia da economia, a destruição da classe média e o empobrecimento geral.
De desvio em desvio, o ministro das Finanças vai acumulando erros, indiferente à realidade. Fica a sensação amarga que lida com as pessoas como se fossem peças que vai manipulando ao sabor das "teorias" económicas aprendidas, que não conseguem inverter a situação, pelo contrário agravam-na e retiram a esperança.
O pânico e a angústia instalam-se, as pessoas interrogam-se e um sentimento comum adquire força, basta!


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Presidente de Câmara, ou Presidente da Câmara?









Presidente de Câmara, ou Presidente da Câmara? Eis a dialéctica que se instalou na ordem do dia. À primeira vista, poder-se-ia pensar que alguém está a brincar connosco, mas a verdade é que a questão está em cima da mesa. O legislador sabe  o objecto, os objetivos e o âmbito da legislação que produz, não tenhamos dúvidas, mas ao redigi-la, o seu espírito poderá sofrer alterações, que assumem perante os nossos olhos um carácter "sui generis" , para não dizer "hilariante".
Será que o legislador não sabe redigir, ou "propositadamente" pretende que a legislação seja de leitura complexa, prestando-se a interpretações diversas?
As omissões e a redação servirão interesses que se querem ver salvaguardados ?
Aproximam-se as eleições autárquicas e algumas candidaturas parecem contrariar a legislação que foi aprovada, não há muito tempo, e somos levados a concluir que nada mudou e tudo é válido. O importante é criar as condições que perpetuem no poder algumas personalidades, garantindo-lhes o exercício do cargo apetecível, que  demonstram não quererem desocupar.
A democracia não se compagina com procedimentos desta natureza, exige renovação e necessita de ser melhorada e aprofundada ao longo do tempo. A coerência, a transparência e o cumprimento de regras, que não poderão ir a reboque dos interesses pessoais, são a sua essência.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Assunção Cristas e a Nova Lei do Arrendamento


A nova Lei das Rendas saiu e a ministra Assunção Cristas, do alto da sua sabedoria e experiência, procura passar a mensagem que tudo está bem, a lei é justa, as pessoas não têm que ter medo perante as cartas dos senhorios que irão receber, deverão pedir esclarecimento jurídico, etc, etc.
Do outro lado, vemos inquilinos angustiados, receosos, perdidos e revoltados. Não compreendem os aumentos brutais decorrentes da aplicação da nova legislação.
É do conhecimento geral que existem rendas muito baixas que não correspondem ao valor dos imóveis, mas isto é apenas um aspecto da questão. Há que analisá-la no seu todo, procurar uma situação de equilíbrio que satisfaça as as partes envolvidas no processo.
É preciso reconhecer as lacunas, as contradições ou omissões do dispositivo legal e fazer os ajustamentos necessários.
A experiência diz-nos que somos prolixos na produção de leis, mas a "intencional" falta de clareza abre portas a diversas interpretações, deixando espaço àqueles que habilmente as utilizam em benefício próprio.

Saudade

   
                                         Claude Monet, Aponte japonesa

Partida, ausência, dor
Que não se apaga, mas que serena
O tempo passa
A saudade instala-se e permanece
Uma casa que se afasta
Uma porta que se fecha
Um lugar que não esquece
A lembrança da voz e das palavras
O telefone que não toca
Memórias que se aproximam de nós.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Henrique Raposo, "a saúde gratuita"



O artigo de Henrique Raposo, "saúde gratuita", publicado hoje no Expresso não pode deixar-me indiferente e, leva-me a dizer o seguinte.
Quando se analisa, seja o que for, há que estar documentado, caso contrário corre-se o risco de fazer uma análise superficial. Todos sabemos que na área da saúde podem existir despesas supérfluas, que é necessário proceder a uma racionalização dos custos, mas é importante que tenhamos a consciência que os serviços não são gratuitos. Os Portugueses, para além de pagarem impostos elevados, pagam taxas.
Passar um atestado de estupidez às pessoas, afirmando que só ficam satisfeitas se lhes for prescrito um exame médico ou um medicamento, quando estão de perfeita saúde, parece-me excessivo. O pior é que alguns "iluminados" subscrevem esta ideia.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O Populismo de Paulo Portas




Resistir à tentação de cair num populismo barato, prometer apenas o que se pode cumprir, frases proferidas por  Paulo Portas que nos lembram a sua forma de estar na político, num passado recente, mas da qual pretende afastar-se na actualidade. 
De acordo com as circunstâncias e os interesses fabrica-se o discurso para conseguir os objectivos pretendidos.
Os Portugueses merecem pouco respeito e provavelmente a memória do que foi e é dito não constitui problema, pensará o referido político.
Se perguntarem, Paulo Portas é incoerente?
Claro que é.
Se perguntarem, Paulo Portas tem essa noção?
Claro que tem.
Se perguntarem, Paulo Portas sabe que os Portugueses são inteligentes?
Claro que sabe.
A quem serve o seu discurso? A ele próprio.