segunda-feira, 10 de junho de 2013

Discurso do Presidente da República -10 de Junho


O discurso do Presidente da República gorou, mais uma vez,  as expectativas, poucas, dos Portugueses. Cavaco chamou a atenção para o facto de não ser um actor no teatro político e de não ter uma visão conflitual do exercício do cargo para que foi eleito. Toda a “narrativa” apresentada é estranha, vazia, a que não é alheio um sentimento de perplexidade e estupefacção.
O Chefe do Estado, que num passado recente, sublinhou a importância do exercício de uma magistratura de influência, fez algumas críticas e apontou alguns caminhos, posiciona-se, na actualidade, num patamar distinto como se vivesse à margem da realidade.
Ao afirmar que “a evolução da nossa agricultura constitui um bom exemplo para ultrapassarmos a tendência para o derrotismo e o pessimismo” demonstra que “apagou” da sua memória, mas não da nossa, o período em que a agricultura, juntamente com outros sectores de actividade económica, foram relegados e negligenciados,

Não será por acaso que a presença de Cavaco suscita um coro de protestos. Por um lado, pretende dar a imagem que está atento e vai intervir, mas por outro lado, distancia-se, não se compromete, não critica a acção do Governo e o seu contributo consubstancia-se no seu beneplácito.

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