sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

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Os preços da gasolina e do gasóleo vão voltar a subir de preço no início da próxima semana refletindo a cotação média dos produtos refinados nos mercados internacionais.
Comparem-se os discursos de Passos Coelho sobre os preços dos combustíveis e, facilmente, concluímos que, embora o tempo decorrido não seja muito, o seu conteúdo mudou radicalmente.
Num passado recente, o primeiro-ministro responsabilizou a Autoridade da Concorrência e afirmou o seguinte:"É incompreensível que a Autoridade da Concorrência não consiga dar uma resposta satisfatória. Se em vez de estarmos sempre a sacudir a água do capote com aquilo que não depende de nós como é o caso do aumento do crude nas praças internacionais, se fizéssemos aquilo que está ao nosso alcance de modo a ver como é que os preços podem não ser tão elevados, não havendo justificação no mercado para terem atingido esse valor, se começássemos por aí já estaríamos a fazer alguma coisa de positivo».
Paulo Portas, na Assembleia da República, manifestou também a mesma opinião e disse que a carga fiscal sobre os combustíveis era "absolutamente exagerada" e o IVA e o ISP estavam a financiar o orçamento de Estado espanhol.
Hoje, o primeiro-ministro, com ar "seráfico," afirma que "o aumento dos combustíveis não depende do governo porque, de acordo com a lei, existe um mercado regulado e cabe ao regulador fiscalizar. Acrescentou, ainda, "que são fatores externos e tudo aponta que se irão manter e até intensificar".
Paulo Portas deixou de se indignar e o Passos Coelho mudou de opinião.
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".

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