sábado, 2 de junho de 2012

"Diminuir salários é uma urgência"

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António Borges considera ser "urgente" a diminuição dos salários, o mesmo será dizer, pensa que as remunerações auferidas pelos Portugueses são elevados.
Ainda que possa parecer estranho, concordo com esta ideia vinda de alguém que é tido como um economista de "referência", só que a bem da verdade, tenho que confessar que a minha concordância abrange, apenas, o grupo de pessoas a que pertence esta mui nobre e "ilustre figura".
Olhemos para o panorama que nos rodeia. Aqueles que desempenham, em simultâneo, diversas funções, desde a docência, ao desempenho de cargos em múltiplos Conselhos de Administração, passando por Consultadorias e outros tantos lugares, são os primeiros a concluir que os outros têm vencimentos muito altos. Estes, de um modo geral, só conseguem ter a oportunidade de trabalharem num único lugar, muitas vezes, para além do horário, sem terem qualquer contrapartida, ao contrário das vetustas personalidades, de saberes diversos e dotadas de uma inteligência multifacetada, cujo dia tem uma duração superior à dos comuns mortais.
Alguns, após um dia árduo de trabalho, num gesto de "boa vontade" e disponibilidade deslocam-se aos canais de televisão, para através das suas "rigorosas e sábias" análises, ajudarem os outros, pobres coitados, a ficarem mais esclarecidos.
Vivemos uma época em que a desfaçatez, a falta de vergonha e a arrogância imperam. A hipocrisia vigente faz com que estas pessoas sejam olhadas como alguém, cujo sentido de missão, as leva  a abdicar de alguns privilégios em prol dos outros.
É fácil proferir afirmações deste teor, quando os rendimentos provenientes do exercício de vários cargos são altos, mas prescindir de uma remuneração quando se recebem várias é muito difícil. 

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