sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Viva a História




                         Nikolaos Gysis

Foi com prazer que há, aproximadamente dois dias, ouvi o ministro da Educação e Ciência afirmar repetidas vezes que a disciplina de História deverá ter um tratamento diferente nos novos currículos. Não fiquei espantada, pois qualquer pessoa e, sobretudo um professor, ainda que não pertença  à área das Ciências Humanas e Socais, não poderá ficar indiferente à ignorância que grassa neste domínio, não apenas entre os mais jovens, que ainda estão num processo de aprendizagem, mas também junto de outros que exercem funções, algumas de carácter público, que exigem conhecimento, o que revela maior perplexidade.
O ministro Nuno Crato não foi o primeiro que, no ministério que dirige, chamou a atenção para esta problemática. Em tempos idos, um outro ministro, Oliveira Martins terá ido mais longe, penso que a memória não me atraiçoa, ao defender o carácter de obrigatoriedade da disciplina de História. 
O conhecimento é vital e a História  informa-nos, conduz-nos a uma análise e reflexão, possibilita a compreensão da evolução das sociedades, em suma, enriquece-nos.
Nunca é demais sublinhar - A História não se reescreve.
Parafraseando Cícero A História é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida.
Muitos dos políticos que exercem funções de grande responsabilidade revelam um total desconhecimento da História  que, muitas vezes, acaba por se repercutir nas decisões que tomam, mas que afectam a  vida de todos os cidadãos.
Na formação dos alunos, nos vários graus de ensino, é imperioso uma visão holística das áreas do conhecimento, onde a História assume um papel determinante, para que erros cometidos, num passado recente, não se repitam e haja a coragem de romper com práticas que não demonstraram eficiência nem eficácia. 
De acordo com  Benedetto Croce História inclui todo o traço e vestígio de tudo o que o homem fez ou pensou desde o seu primeiro aparecimento sobre a Terra.
Atrevo-me a concluir com uma frase de Santayana. 
 "Aqueles que não conhecem a  História, estão condenados a repeti-la".                

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