quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Os Salários têm que baixar?




QUE SALÁRIOS TÊM QUE BAIXAR?

Uns pais, cuja maioria dos cidadãos ganha salários que não lhes permite viver uma vida digna, mas apenas asseguram, em muitos casos, a sobrevivência, em que muitos foram atirados para a mendicidade e indigência pode ser analisado desta forma? Que dizer dos salários escandalosos auferidos pelos deputados europeus, comissários e outros funcionários da União Europeia, não contabilizando as mordomias que os rodeiam.
É inacreditável e revoltante saber que existem pessoas que pensam desta forma e defendem políticas, em nome da sustentabilidade, mas cujo impacto se traduz no aumento da miséria humana. Arrogam-se no direito de se considerarem sociais-democratas, ou democratas-cristãos, mas a ideologia e a prática demonstram o contrário.
O sonho de uma Europa forte e coesa não é conciliável com procedimentos que se focalizam no empobrecimento e contribuem descaradamente para o agravamento da cisão ente os que continuam a enriquecer e os que empobrecem de forma vertiginosa, a quem não pode ser assacada qualquer tipo de responsabilidade, porque não a têm. Trabalham e trabalharam, cumprem com as obrigações, confiaram no Estado e não esperavam serem espoliados dos seus rendimentos e dos direitos, alcançados ao longo da História, com o sacrifício de muitos, é certo, mas em prol de uma sociedade mais justa e mais fraterna.
O desemprego está em níveis inaceitáveis, diz o Fundo Monetário Internacional (FMI) e acrescenta que os custos salariais têm que baixar mais do que os 5,5 por cento que Portugal já reduziu nos últimos cinco anos.

Que reformas foram feitas, que possibilitem o crescimento económico, a racionalização dos custos, a ausência do clientelismo, e o afastamento da corrupção?
O corte de salários e pensões, a diminuição da qualidade dos serviços públicos, ou a sua extinção não corresponde a reformas. Todos sabemos do que estamos a falar.
Temos assistido a “remendos” que não se traduzem  em reformas.
Como se poder evocar a sustentabilidade de forma gratuita?
Onde existe a liberdade de que tanto se fala, quando sabemos e vemos pessoas que vivem situações dramáticas e não vislumbram uma alternativa, e muito menos sentem a esperança na mudança?

Em que país nos estamos a transformar?

Não me venham com a resposta já gasta: gastámos mais do que podíamos, temos que alterar os nossos hábitos.

Merecemos mais e melhor. Queremos pessoas com conhecimento e experiência, que sejam competentes e não dêem a imagem que tudo vai bem, agora de forma sustentável, palavra tão cara a quem a não se cansa de a repetir, e que os esforços que têm que desenvolver, para corrigir os erros do passado, tocam a todos e exigem grandes sacrifícios.

Já chega. Basta!

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