quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cavaco igual a si próprio




Em Cavaco Silva tudo é medido, tudo é calculado ao mais pequeno pormenor.
A esperança que representa para alguns, poucos, diga-se em abono da verdade, rapidamente se transforma em desilusão. "As fundadas dúvidas sobre a repartição equitativa dos sacrifícios exigidos aos Portugueses" levou o Presidente da República a submeter o Orçamento de Estado (OE) para 2013 à fiscalização do Tribunal Constitucional (TC) sobre três normas, cuja constitucionalidade põe em causa, mas que não o impediram de o promulgar. Esta atitude é incoerente e aos olhos dos Portugueses injustificável.
Que vantagens resultam deste procedimento? Nenhumas, ou melhor, o OE entrou em vigor, mas perante o veredicto do TC poderá sofrer alterações. A única vantagem parece ir ao encontro de Cavaco Silva, que mais uma vez demonstrou não querer comprometer-se, demitindo-se das competências que lhe estão atribuídas e ignorando o juramento que fez sobre o cumprimento da Constituição no acto da tomada de posse. Reconheceu que a manutenção das medidas de austeridade provocam uma recessão em espiral, mas com certeza que não é alheio às políticas governamentais. Sublinhou a importância da equidade nos sacrifícios, mas quis chamar a atenção para a aplicação da taxa de solidariedade  aos pensionistas e reformados, o que não deixa de ser incompreensível na medida em que sugere a sua colocação num patamar diferente.
Os Portugueses gostariam que o Presidente da República tivesse a coragem de agir em conformidade com as necessidades do País.

1 comentário:

  1. faz-me lembrar quando ele foi 1º ministro e dizia....
    -"eu, nunca tenho dúvidas, e raramente me engano"
    e foi assim que Portugal chegou ao local onde nos encontramos.

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