sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Descendo a Avenida da Liberdade




Fim da manhã, o Sol brilha na Avenida da Liberdade e convida-nos a percorrê-la, sem pressa.
Tempo de férias, para  uns,  turistas que nos visitam, intervalo para o almoço para outros, ou simplesmente uma pausa para um café e dois dedos de conversa. 
As lojas de marca proliferam e as montras, de forma discreta, convidam-nos a espreitá -las, ou não estivéssemos na época das promoções. Espreitar e não olhar com alguma demora, ou prazer. Entrar e comprar está fora de questão, os preços proibitivos impedem tal ousadia  Pessoas, poucas, exibem os sacos que ostentam as marcas e a diferença marca presença.
A crise  persiste, a esperança não existe e um sentimento de angústia toma forma.


Nas últimas décadas a noção de bem-estar e de progresso tinha-se instalado.
As sociedades transformaram-se e evoluíram,  a clivagem social  esbatera-se e a riqueza gerada parecia melhor partilhada.
Hoje, vemos escapar de uma forma brutal o que julgávamos ter conseguido, somos peças de xadrez manipuladas de acordo com interesses que desconhecemos. O que é nosso vai desaparecendo como tivéssemos que pagar pelos erros que outros cometeram, mas que continuam impunes.

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