sábado, 26 de janeiro de 2013

Manifestação de professores




Os professores saíram, mais uma vez, à rua em protesto, dando conta das suas preocupações e frustrações. Uma classe profissional não respeitada, não acarinhada e injustiçada por quem quer continuar a ignorar o papel essencial que tem na sociedade. Os professores dão o que sabem, ajudam, lidam com situações diversas e têm que saber encontrar as respostas adequadas às situações.
Sou professora e à medida que o tempo passa, ao contrário do que se possa pensar, cada vez mais gosto do que faço, dou-me por inteiro à minha profissão. A minha satisfação passa pelo trabalho que desenvolvo com os meus alunos, tendo em atenção a sua formação global e pelos resultados que  atingem.
Não posso ficar indiferente perante os discursos que nos afrontam e as práticas que denotam recuos e mudanças que não perseguem a melhoria da qualidade do processo do ensino e da aprendizagem e têm subjacente, apenas, a racionalização dos recursos humanos, persistindo de uma forma incoerente na defesa da Escola pública  de qualidade e para todos.
Os sindicatos, ao ongo do tempo, nem sempre têm sabido defender de uma forma clara, justa e transparente os interesses da classe que representam. A incoerência patente entre o discurso e a prática faz com que muitos professores se distanciem, o que não significa que estejam de acordo com as medidas levadas a cabo pela tutela.
Lamento que alguns jornalistas, ao fazerem uma reportagem para a televisão em directo, se dirijam aos professores de uma forma pouco adequada, perguntando: "setor" de quê, ou "a quem estão a dar música".
Impunha-se que soubessem colocar questões pertinentes e demonstrassem mais respeito por uma classe, cuja função é determinante em qualquer sociedade. 

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