A semana passada, o deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã,
comunicou na Assembleia da República que a Administração de Saúde de Lisboa e
Vale do Tejo tinha transmitido aos diretores de serviço a intenção do
encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC).
Ontem, Paulo Macedo, ministro da saúde, afirmou que a MAC encerraria,
com certeza, durante esta legislatura, ou seja, até 2015.
É chocante e preocupante ouvir as afirmações proferidas por Paulo
Macedo. É inconcebível que um serviço de excelência e referência seja
encerrado, sem que para tal haja uma explicação plausível.
A MAC, ao longo do seu percurso, cujo início se situa em 1932, foi
sempre reconhecida pela qualidade e inovação dos cuidados prestados nas áreas
da saúde pré-natal e neonatal, pré-concecional e ginecológica.
A MAC acompanhou sempre a evolução científica e daí a sua relevância
nacional.
Recentemente, foram feitos investimentos nos blocos operatórios, nos
serviços de neonatologia e ginecologia, entre outros.
A reorganização hospitalar deve ter em conta uma gestão eficaz dos
recursos, que não passa, certamente, pela extinção de hospitais que prestam um
serviço de qualidade e são de grande utilidade para as pessoas.
Fala-se com ar de preocupação na descida da taxa de natalidade, na necessidade
de criar incentivos que promovam a natalidade, mas fecha-se uma maternidade.
A quem poderá servir esta política?
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