Fala o primeiro-ministro e,
um conjunto de frases feitas, aflora ao seu discurso. É recorrente, ouvirmos "menos Estado, mas melhor Estado", "o Estado não pode ser patrão", "não podemos
permitir a existência de privilégios", "as pessoas encostaram-se ao Estado de mão
estendida" e outras tantas verdades de "La Palisse".
A maioria dos Portugueses não
defende a estatização, o mesmo será dizer que não apoia uma ideologia em que o
Estado controle tudo, assegure o pleno emprego, ou não deixe espaço à
iniciativa privada, aliás isso não faria sentido numa sociedade democrática.
Assim, não é muito compreensível
nem se justifica um discurso fundamentado nesse pressuposto.
Outra coisa é ter a noção que o
Estado tem um papel na sociedade, como agente regulador, e tem por missão
garantir as liberdades e os direitos dos cidadãos. Não se deve tentar baralhar
as pessoas, que têm a inteligência suficiente para perceberem a intenção do discurso.
Todos sabemos que políticas
norteadas por ideias de cariz, essencialmente, liberal conduzem, essas sim, à
manutenção de grupos privilegiados, à redução dos direitos e à injustiça.
Não devemos confundir direitos
com privilégios. São conceitos diferentes.
O Estado precisa de ter
pessoas competentes e responsáveis e não de discursos, cujo conteúdo por mais
palavroso que seja, carece de autenticidade e muitas vezes de verdade.
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