Foi com tristeza, apreensão e
indignação que ouvi, ontem, a notícia sobre os salários penhorados a cerca de 50
mil funcionários públicos.
Julgo que ninguém pode ficar
indiferente.
Não será por acaso que muitos
funcionários públicos têm necessidade de contraírem dívidas, que vão juntar a
empréstimos contraídos anteriormente, o que se traduz num processo cumulativo
que leva a situações de incumprimento.
Os funcionários públicos
trabalham para o Estado, ou seja para o bem público e, contrariamente ao que é
dito por alguns, são pessoas competentes e dedicadas. Muitos auferem um
vencimento que fica aquém do justo valor, tendo em conta os serviços que
prestam.
Outros receberão muito acima
do que merecem, mas estes correspondem aos grupos privilegiados, dos quais
destaco alguns políticos e gestores públicos, que despudoradamente, acumulam o
vencimento com reformas e subvenções.
É aflitivo e revoltante as
pessoas verem os rendimentos provenientes do trabalho, substancialmente reduzidos, ou melhor dizendo, roubados, o que as impossibilita de viverem com
dignidade e pode conduzir ao desespero.
Não me venham dizer que se trata de pessoas que gastaram acima das suas posses e que têm que moderar o seu consumo.
Como funcionária pública, sei o que dói a injustiça resultante dos cortes salariais perpetrados pelo atual governo.
Amanhã, muitos mais poderão estar com o mesmo problema, o que é preocupante, porque no horizonte não se vislumbra uma solução.
O Grito - Edward Munch
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