Passos Coelho introduziu, recentemente, no seu discurso a necessidade de proceder à refundação do memorando da "troika". O primeiro-ministro não desconhecerá, certamente, que a palavra refundar poderá ter, entre outros, o significado de afundar.
Por um lado, afirmou não ser necessário pôr em causa o Estado Social, nem proceder a uma revisão da Constituição, mas por outro lado, sublinhou a inevitabilidade de um segundo resgate financeiro, caso o Estado não seja reformulado.
Afinal, quais serão as verdadeiras intenções de Passos Coelho?
Tem ignorado o principal partido da oposição em momentos cruciais, mas agora pretende demonstrar ser importante e essencial o sua participação e envolvimento no processo.
Temos sido confrontados, de uma forma sistemática, com incoerências, mentiras e arrogância.
Quais serão as suas verdadeiras intenções?
As suas convicções ideológicas sobrepor-se-ão ao que deveria ser a sua "praxis", tendo em atenção o país real e os Portugueses?
Quando um alerta assume um carácter, ainda que velado, de ameaça, a descrença surge e a desconfiança instala-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário