Mãe e filha - Frederic Leighton |
Dia 4 de Outubro, dia do aniversário da mamã, a quem sempre ouvimos dizer que todas as idades têm a sua beleza. Neste dia era habitual estarmos juntos ao jantar para confraternizarmos e cantarmos os parabéns, a que se seguia um brinde que a mamã tanto apreciava. A sua alegria estava expressa no olhar com que nos envolvia e a a sua felicidade era visível.
Sempre optimista e com vontade de seguir em frente, duas expressões marcavam a sua personalidade: "quem tem boca vai a Roma"; "entre mortos e feridos alguém há-de escapar".
A mamã, quando éramos mais pequeninos, recordava com grande amor e ternura as prendas que o papá lhe tinha dado. Destacava-se uma, enviada de Lisboa, pelo correio, uma escrava de ouro que há tempos era desejada. Grande foi a surpresa, maior o contentamento e, por certo, asas à imaginação foram dadas.
Anos mais tarde, o papá, dias antes, dava-nos conta da sua preocupação que estava directamente relacionada com o presente que queria dar "à vossa mãe".
Será que ela vai gostar? Será que lhe faz falta?
Não restam dúvidas que se trata de uma família muito unida e especial, em que duas pessoas nos marcaram muito e a quem tudo devemos.
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