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"Eu não minto, não engano, não ludibrio, a política de verdade tornou-se para mim uma convicção absoluta", palavras proferidas ontem por Vítor Gaspar, ministro das Finanças, numa audiência da Comissão parlamentar do Orçamento e Finanças.
A omissão de dados contidos num anexo do Documento de Estratégia Orçamental (DEO) enviado, apenas, para Bruxelas, onde era referida uma situação mais grave a nível do desemprego, motivou uma reacção dos deputados, que manifestaram o seu desagrado e acusaram o o ministro das Finanças de mentir.
Vítor Gaspar também não se comprometeu com a calendarização anunciada para a reposição dos subsídios de Natal e de Férias, feita de uma forma gradual, aos funcionários públicos e pensionistas a partir de 2015, e sublinhou que estava em causa uma perspectiva técnica e não um compromisso. Afirmou ainda que não era possível projectar o que irá acontecer, de forma definitiva, nos próximos anos.
A forma e o conteúdo das intervenções do ministro das Finanças revelam perplexidade. Umas vezes, comete "lapsos", outras "a distracção ou o esquecimento" levam-no a adoptar atitudes em que o respeito e a consideração pelos outros estão ausentes.
Será por incompetência técnica, ou política?
Não creio que a primeira razão faça parte da resposta, o mesmo não direi da segunda hipótese, ou seja, os erros políticos avolumam-se e tornam-se preocupantes.
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