Tapar o sol com a peneira
“Não há excepções, há adaptações” afirmou o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, referindo-se aos trabalhadores da TAP e da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que serão alvo de um tratamento diferenciado no que concerne aos subsídios de férias e de Natal.
A argumentação utilizada foi a de que se trata de empresas sujeitas à concorrência e como tal a “adaptação para a poupança é diferente das outras empresas públicas”. Como se não bastasse, algo mais foi acrescentado: “é muito importante salvaguardar a diferença entre adaptação e excepção nesta matéria, em que o Estado recuperará o mesmo, mas a adaptação permite uma forma diferente de arrecadação”.
Este ministro já nos habituou a ouvir uma cascata de disparates, em que a argumentação utilizada carece de lógica e de bom senso. Por outro lado, demonstra falta de inteligência, ao admitir que o ar sério que imprime ao discurso proferido, terá o condão de nos levar a pensar que é credível.
Olhando para o seu currículo, várias interrogações me assaltam e fico perplexa, pois o seu percurso, provavelmente, impede-o de ver mais longe e descortinar com rigor e competência o que é objecto da sua apreciação.
Está em questão o tratamento aplicado às pessoas que trabalham para a mesma entidade, ou seja, os funcionários públicos que são discriminados pela negativa, e a forma como as explicações são apresentadas.
A indignação e a revolta não conseguem expressar cabalmente o que sinto, quando vejo e ouço tamanha desfaçatez nas palavras e na atitude do Sr. Miguel Relvas.
Não tape o sol com a peneira, nem atire areia para os nossos olhos.
Basta!
Não tape o sol com a peneira, nem atire areia para os nossos olhos.
Basta!
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