O vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Nogueira Leite, através de uma mensagem publicada na página pessoal do facebook afirmou: "se me obrigarem a trabalhar mais de sete meses só para o Estado, palavra de honra que me piro". À primeira vista esta afirmação poderá ser entendida como uma crítica severa às medidas de austeridade anunciadas pelo governo e uma voz que se junta ao coro dos que sentem na pele o impacto dessas medidas. Contudo, uma pergunta deve ser colocada.
Que moralidade tem António Nogueira Leite, que apesar de ter renunciado a todos os cargos remunerados, usufrui de uma situação de excepção, autorizada pelo governo, e se traduz num vencimento cujo valor não tem nada a ver com os rendimentos auferidos pela maioria dos Portugueses?
A CGD onde Nogueira Leite exerce a sua actividade profissional é um banco do Estado e como tal não deveria ser objecto de medidas de excepção. O Estado deve agir com rigor e justiça e de forma exemplar.
A coerência deve estar presente na acção, o mesmo será dizer que há que retirar consequências e agir em conformidade.
A coerência deve estar presente na acção, o mesmo será dizer que há que retirar consequências e agir em conformidade.
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