Será que se julgam iluminados?
Nos últimos tempos, não há
dúvida que nós, os Portugueses, temos sido muito bem tratados por alguns
políticos que nos têm mimoseado e não deixam por mãos alheias tamanhos elogios.
Um traço comum os une -
arrogância, ignorância e atrevimento.
Apetece-me perguntar-lhes.
Será que se dão conta do que dizem? Consideram as pessoas, ou melhor dizendo,
como alguns gostam e fazem questão de sublinhar, o povo desprovido de
inteligência e de sensibilidade, ou a falta de vergonha e a ausência de valores
os impele a proferir tais impropérios?
Estou farta de ouvir dizer: “têm que trabalhar mais; têm que poupar; não
podemos viver acima das nossas possibilidades”, etc,etc.
Será que não têm consciência,
que aqueles que ousam proferir tais palavras fazem parte do grupo
responsável pela situação a que chegou o País, ou seja, a classe política, que
apenas se preocupou e continua a preocupar com ela própria e criou as condições
que lhe permite usufruir de regalias que são escandalosas e ofendem as pessoas
de bem.
Basta. Roubam-nos
descaradamente, não têm respeito por nós e pretendem dar-nos lições de moral.
Alguns recebem reformas e
cumulativamente auferem outras remunerações e subvenções, outros não se eximem de apresentarem justificações desprovidas de bom senso e "brincam" connosco de uma forma ofensiva.
A mentira e o insulto são as
armas preferidas. Tentam menosprezar a nossa inteligência, são insensíveis à
realidade, bem dolorosa para alguns, mas arrogam-se, perante os nossos olhos,
de salvadores da Pátria.
Muitos deles, o único trabalho
que desenvolveram foi na actividade política, tendo ingressado muito cedo num
partido e, se pensarmos com realismo, não contribuíram para o desenvolvimento
do País. No entanto, quando falam pretendem dar a imagem que a sua vida casa
com trabalho, com responsabilidade e com honestidade.
Um dos nossos “brilhantes
ministros” não teve pejo em afirmar, recentemente: é
preciso ter algum recato. Nos tempos que correm, cada vez mais se verifica,
que aqueles que deveriam ter um cuidado redobrado com as palavras, parecem desconhecer o seu significado, o que me leva a concluir que a ignorância
é atrevida.
A ignorância
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