QUE
SALÁRIOS TÊM QUE BAIXAR?
Uns pais, cuja maioria dos
cidadãos ganha salários que não lhes permite viver uma vida digna, mas apenas
asseguram, em muitos casos, a sobrevivência, em que muitos foram atirados para
a mendicidade e indigência pode ser analisado desta forma? Que dizer dos
salários escandalosos auferidos pelos deputados europeus, comissários e outros
funcionários da União Europeia, não contabilizando as mordomias que os rodeiam.
É inacreditável e revoltante
saber que existem pessoas que pensam desta forma e defendem políticas, em nome
da sustentabilidade, mas cujo impacto se traduz no aumento da miséria humana. Arrogam-se
no direito de se considerarem sociais-democratas, ou democratas-cristãos, mas a
ideologia e a prática demonstram o contrário.
O sonho de uma Europa forte
e coesa não é conciliável com procedimentos que se focalizam no empobrecimento e
contribuem descaradamente para o agravamento da cisão ente os que continuam a
enriquecer e os que empobrecem de forma vertiginosa, a quem não pode ser assacada
qualquer tipo de responsabilidade, porque não a têm. Trabalham e trabalharam,
cumprem com as obrigações, confiaram no Estado e não esperavam serem espoliados
dos seus rendimentos e dos direitos, alcançados ao longo da História, com o
sacrifício de muitos, é certo, mas em prol de uma sociedade mais justa e mais
fraterna.
O desemprego está em níveis inaceitáveis, diz o Fundo Monetário Internacional (FMI) e acrescenta que os custos salariais têm que baixar mais do que os 5,5 por cento que Portugal já reduziu nos últimos cinco anos.
Que reformas foram feitas,
que possibilitem o crescimento económico, a racionalização dos custos, a ausência
do clientelismo, e o afastamento da corrupção?
O corte de salários e
pensões, a diminuição da qualidade dos serviços públicos, ou a sua extinção não corresponde a reformas. Todos sabemos do que estamos a falar.
Temos assistido a “remendos” que não se traduzem em reformas.
Temos assistido a “remendos” que não se traduzem em reformas.
Como se poder evocar a sustentabilidade
de forma gratuita?
Onde existe a liberdade de
que tanto se fala, quando sabemos e vemos pessoas que vivem situações
dramáticas e não vislumbram uma alternativa, e muito menos sentem a esperança na
mudança?
Em que país nos estamos a
transformar?
Não me venham com a resposta
já gasta: gastámos mais do que podíamos, temos que alterar os nossos hábitos.
Merecemos mais e melhor.
Queremos pessoas com conhecimento e experiência, que sejam competentes e não
dêem a imagem que tudo vai bem, agora de forma sustentável, palavra tão cara a
quem a não se cansa de a repetir, e que os esforços que têm que desenvolver, para
corrigir os erros do passado, tocam a todos e exigem grandes sacrifícios.
Já chega. Basta!
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