As "escolhas
difíceis" que atingem os reformados com a necessidade de garantir a
sustentabilidade dos mecanismos de protecção social, recusando que
"qualquer miopia de curto prazo" os ponham em causa.
"Não vou negar que são escolhas muito difíceis. O que estamos a
fazer para garantir o futuro da protecção social, a todos os níveis,
corresponde de facto a escolhas difíceis para todos. Mas são indispensáveis
para assegurar, com a maior equidade possível, a sustentabilidade dos
mecanismos que garantem direitos de que não podemos prescindir",
justificação de Passos Coelho.
Só pode estar a brincar connosco. Todos sabemos e, o primeiro-ministro
também sabe, que existem outros mecanismos para reduzir as despesas do Estado.
Não vale a pena elencá-los porque já foram mencionadas à exaustão por personalidades dos
diversos quadrantes políticos e ideológicos.
O que está em causa é a visão que Passos Coelho e os seus acólitos têm sobre
esta problemática. Não adianta justificar o injustificável recorrendo a uma
estratégia que denota insensibilidade, e desconhecimento do significado de
justiça e equidade. A maioria dos Portugueses continua a ser desrespeitada
pelos governantes, que tentam escamotear a falta de vontade e a incapacidade que
os envolve.