O discurso do Presidente
da República gorou, mais uma vez, as
expectativas, poucas, dos Portugueses. Cavaco chamou a atenção para o facto de
não ser um actor no teatro político e de não ter uma visão conflitual do
exercício do cargo para que foi eleito. Toda a “narrativa” apresentada é
estranha, vazia, a que não é alheio um sentimento de perplexidade e estupefacção.
O Chefe do Estado, que
num passado recente, sublinhou a importância do exercício de uma magistratura de
influência, fez algumas críticas e apontou alguns caminhos, posiciona-se, na
actualidade, num patamar distinto como se vivesse à margem da realidade.
Ao afirmar que “a
evolução da nossa agricultura constitui um bom exemplo para ultrapassarmos a
tendência para o derrotismo e o pessimismo” demonstra que “apagou” da sua memória,
mas não da nossa, o período em que a agricultura, juntamente com outros
sectores de actividade económica, foram relegados e negligenciados,
Não será por acaso que
a presença de Cavaco suscita um coro de protestos. Por um lado, pretende dar a
imagem que está atento e vai intervir, mas por outro lado, distancia-se, não se
compromete, não critica a acção do Governo e o seu contributo consubstancia-se
no seu beneplácito.
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