O regresso aos mercados surge como um algo de heroico a que temos, ou devemos render-nos e, provavelmente, agradecermos aos políticos que nos governam e julgam que nos conduzem no sentido certo, trabalhando e lutando arduamente pelo que é melhor para nós.
Será verdade? Não creio.
Regressar aos mercados significa o quê? Continuar a recorrer ao crédito, ainda que a uma taxa de juro mais baixa. Os credores podem mudar, mas a dependência continua presente. Alguns bancos recapitalizaram-se e criaram as condições para a aquisição da emissão de dívida pública.
A credibilidade do Estado nos mercados financeiros é restaurada, mas há que ter em conta as pesadas medidas de austeridade e os sacrifícios que "esmagam" os Portugueses.
Regressar aos mercados não é sinónimo de crescimento económico, ou de melhoria da qualidade de vida dos Portugueses, nem tão puco se traduz no mérito deste governo. O mérito é do Banco Central Europeu, liderado por Mario Draghi, que em Agosto se comprometeu a defender o euro.
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