Há alguns anos, o dia 8 de Dezembro era um dia especial, Dia da Mãe . Grande era a agitação, a espera, o querer surpreender, com um simples presente, para a nossa querida mãe . Recordo com ternura e muita saudade três crianças, em que duas tinham um papel protector e, atrever-me-ia a acrescentar que duas delas, queriam, ou melhor, quase que disputavam a vontade de demonstrar o grande carinho sentido pelo irmão mais novo, tão querido, centro de toda a atenção.
Claro está, que recorriam, a maior parte das vezes. à ajuda do papá querido.
Delicio-me a recordar as três crianças pequeninas que ficavam felizes com a compra de santinhos, onde escreviam simples palavras para oferecerem à mamã.querida, que, para espanto meu, os guardou religiosamente no seu missal.
Renoir
Falar, conversar, poder comunicar é deveras importante. A perda de alguém que muito amamos dá-nos a verdadeira dimensão do significado de uma simples palavra.
Nunca me esqueço do dia, em que através de uma simples música que falava em conversar, do impacto que me causou e da impotência que me fez sentir, por constatar que a comunicação com os que amamos pode terminar e deixar um vazio irreparável, que o tempo pode atenuar, mas não apaga. O simples tocar do telefone, a voz que se ouve, ou o riso ficam gravados na nossa memória e trazem-nos sucessivas lembranças que às vezes conseguimos partilhar com aqueles que têm uma verdadeira compreensão dos nossos sentimentos e conseguem acompanhar-nos num percurso que, embora nos cause tristeza, também nos permite sorrir.
Nunca entendi porque mudaram a data do dia da Mãe.
ResponderEliminarO 8 de Dezembro era constante nos anos. Agora, há a variabilidade até no precioso dia da Mãe.
Não me conformo!