Foi hoje entregue, em Oslo, o prémio Nobel da Paz à União Europeia. Na cerimónia alguns Estados-membros não estiveram presentes. Vozes dissonantes sobre a atribuição do Nobel da Paz foram ouvidas.
Uma sensação estranha e amarga, comum a muitas pessoas, marca presença e demora a desaparecer. As imagens das personalidades receptoras do prémio demonstram satisfação. Falaram da Europa e enfatizaram o gosto em serem europeus, mas ao olharmos para a Europa de hoje, é difícil vermos o espírito subjacente à sua formação. A solidariedade não existe. Os países mais fortes ditam as regras. Alguns esqueceram o passado recente e "esmagam" os mais fracos e os mais vulneráveis. A crise financeira acentuou a clivagem entre os ricos e os pobres.
Vemos uma Europa dividida e a desintegrar-se.
A participação do grupo musical português OqueStrada não apaga o sentimento instalado em muitos de nós, que também nos sentimos europeus, mas temos dificuldade em ver a mudança que urge.
Sem comentários:
Enviar um comentário